…eis que num dado momento da vida se olha para o lado e não se vê mais o que se via…e o que se via? não se pode mais precisar…a memória curta já não permite…mas existe algo dentro que serve de indicação, esse algo nos impele ao questionamento de sempre…a culpa de sempre…ou a falta dela…perdemos então a oportunidade de avaliarmos concretamente o que se faz…o que se fez…o que se é…o que se foi…nesse ponto, o desespero já nos tomou conta e nossa tranquilidade também se foi…e nesse ritmo de areia caindo na ampulheta, tentamos nos agarrar ao que sobrou…e o que sobrou? talvez somente nós mesmos a questionar…a sofrer…a tentar ver lá atrás o que se foi…nisso o que ainda existiria fica nublado, escondido na ânsia da busca infrutífera das coisas que já são passado e nós nem percebemos…nem nos apercebemos…nem nos damos conta de que, sim, existem coisas ainda por fazer, nem tudo o que se fez, sem questionamentos morais dualistas de certo e errado, representa o potencial infinito que somente no agora, no momento presente podemos concretizar…saber as coisas que fazem a gente fazer nosso presente, certo e/ou errado, tomar as atitudes gloriosas ou não, que fazem da gente o que somos sem hipotéticas hipocráticas ilusões é o que nos faz tomar as rédeas de nossa vida…sem esse controle, nosso presente nunca será de fato um futuro relevante…viveremos enredados na simples culpa de um passado de coisas que não voltam mais e nunca nos poderá prover a atitude necessária para que mais coisas façamos na nossa curta vida de um suspiro se relativarmos com tempo cósmico imenso para nosso átmo de vida errante e inconsciente, completamente ignorante, do que é a vida…( SUSPIRO LONGO!!!,-) #LV
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